sábado, 15 de agosto de 2009

"Transformers: A vingança dos derrotados"

Confesso que fui assistir à continuação de Transformers com uma expectativa que rastejava pelo chão. Não tinha me agradado muito ver o primeiro e as críticas que ouvi referentes ao segundo eram todas, sem excessão, completamente desanimadoras. E como nesses casos eu sou um péssimo seguidor de regras, fui conferir na tela grande o motivo de tanto ódio pela imprensa "especializada" na área. Mas fique sabendo de que eles mentem às vezes, ou melhor, não sabem muito bem do que falam ou simplesmente têm um gosto diferente do seu, o que significa que você pode sim se surprender com um filme destroçado pela crítica. Minha dica é: leia as resenhas, dê ouvidos a elas se quiser, mas veja os filmes independente de qualquer coisa. Assim como eu faço. E afirmo, sem sombra de dúvidas, que "Transformers: a vingança..." é muito superior ao anterior e é infinitamente mais complexo e completo também.

A impressão que tive é que nesse longa a ênfase da narrativa foi focada mais no elenco "humano", do que nos próprios mega-ultra-poderosos-robôs-alienígenas-que-se-camuflam-de-carros e que são, no final das contas, o motivo principal da continuação ter existido. Tanto que se você for prestar atenção há mais interação e cenas com pessoas de carne e osso do que as tais disputas entre os transformers. E talvez seja por isso que a crítica tenha detestado tanto a obra. E outra que eles, os transformers, estão mais humanizados, chegando inclusive ao ponto do Bublebee chorar em uma das cenas e de outros transformers apresentarem sentimentos tipicamente humanos como ciúmes, inveja, raiva e etc. Não sou um bom conhecedor da história dos Transformers anterior aos filmes, aliás não sei absolutamente nada sobre isso, e muito menos se eles foram criados pra serem realmente assim com traços humanos, mas, na minha visão de leigo que só os conhece pelos filmes, isso serviu pra me ajudar a compreender melhor a função deles ao lado do exército americano, afinal se eles não se assemelhassem de alguma maneira com a figura humana, tal parceria nunca daria certo.

É claro que ele não chega a ser um espetáculo de filme, mas ele é totalmente bem resolvido e corresponde muito bem àquilo a que ele se propôs a fazer. O roteiro, embora seja cheio de falhas e coisas incompreensíveis e estúpidas, atira pra todos os lados e agrada a quase todos os públicos, porque ele faz rir nos momentos de maior humor; emociona nas cenas que passam um pouco mais de dramaticidade; impresiona nos efeitos das batalhas, na modificação da forma dos personagens e na destruição em massa dos cenários; e ganha pontos extras na própria maneira de narrar a história, bem mais atraente e que flui mais fácil que a edição anterior. Acho que dessa vez Michael Bay se preocupou menos em demonstrar seu poderio tecnológico pra realizar efeitos pirotécnicos de explosões e batalhas estratosféricas pra contar uma história mais concisa e verossímel - se é que dá pra ser verossímel num contexto desses. Enfim, o fato é que o filme não é lá tão ruim quanto cantam por aí, e é sim muito melhor que o seu anterior.
Trailer:
Nota: 7,5

Nenhum comentário:

Postar um comentário