
Eu acredito na existência de uma coisa chamada liberdade de expressão e defendo muito isso. Respeito o ponto de vista de cada um e o direito que cada um possui de pensar e agir como bem entender. Porém, existe outra coisa, não menos relevante, chamada limite. E é ele quem define até que ponto se pode chegar sem perder o fio da meada e a essência do que se está fazendo. No caso de "Borat" - repito: segundo a minha opinião - o filme deixa cair por terra toda a diversão no momento em que ultrapassa esse limite do que pode e do que não pode ser feito com qualquer outra pessoa pra provocar risos em quem assite àquilo. O mundo não é esse circo repleto de palhaços. Estamos falando de pessoas, de valores e de moralidade. Isso é algo muito relativo e muito sutil, o que é permitido e aceitável pra mim pode não ser pra você e vice-versa, por isso mesmo o sinal de limite deve ficar alerta o tempo inteiro. Já com "Borat" esse sinal aparentemente deve estar com defeitos ou ele simplesmente o ignora, o que é ainda pior.
Não nego que o filme também carregue seus momentos engraçados. Ri em algumas passagens, mas nada que me desse dores de barriga ou nos queixos de tanto gargalhar, passou muito longe disso. Mas depois de alguns minutos esse riso cedeu lugar pra qualquer outra coisa que não diversão, fiquei incomodado mesmo com o que vi e temo pelo que possa vir pela frente, já que nessa sexta (14/08/09) estréia o novo filme de Sacha Baron Cohen, "Brüno", que promete continuar seguindo a mesma lógica do seu antecessor. Mas essa fórmula da chacota alheia, como já disse, não me agrada nenhum pouco. E se no início do post eu cheguei a demonstrar qualquer dúvida com relação ao filme, aqui eu desfaço e afirmo: não gostei mesmo de "Borat", não é uma boa comédia e não recomendo.
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