quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O melhor e o pior de Meryl Streep

'Meryl Streep' é um dos poucos nomes do cinema que consegue carregar o sucesso de um filme inteiro nas costas, que enche as salas do mundo inteiro somente pelo simples fato de estar envolvida na produção e ainda consegue, às vezes, tornar muito filme chato e ruim em algo, digamos, assistível. Mas escolher o "pior" da imensa filmografia de fimes bons dela foi fácil - veja que paradoxo. Difícil mesmo foi escolher o MELHOR. É tanto trabalho bem feito, que me decido pelo debaixo com uma pena muito grande em deixar os outros para trás. Mas assista, assista todos se puder, e então retorne aqui e me critique, me corrija, e diga se estou certo ou não em definir estes como o melhor e o pior de Meryl Streep.

#Melhor: Eu vinha decidido a colocar com toda vontade "As Horas" nesse posto. Mas refleti um pouco e percebi que do sucesso dele somente um terço é fruto do suor de Meryl Streep. Os outros dois terços se devem um à Julianne Moore e o outro à Nicole Kidman. Então achei por bem citar um título em que a atriz tivesse mais destaque e detivesse uma responsabilidade maior no resultado final da obra, daí lembrei de "As pontes de Madison", filme em que ela interpreta uma simples dona de casa que, à primeira vista, não tem do que reclamar da vida, mas que no fundo sustenta uma grande insatisfação com isso tudo e acaba se envolvendo e se apixonando por um fotógrafo que chega à cidade pra catalogar as famosas pontes de sua região, durante um período em que a família inteira se ausenta de casa e ela acaba tendo a oportunidade de se entregar por inteiro àquela relação extra-conjugal, mas que no final das contas a traz de volta do transe permanente em se achava a sua vida naquele momento. É o típico romance que conhecemos, mas sem exageros, sem pieguices, sem apelações, muito diálogo e boas atuações. No ponto exato pra quem curte o gênero.

#Pior: Não é porque eu não cultive essa admiração toda por musicais. Não se trata disso. Até porque não utilizo isso como pré-requisito pra conferir ou não uma obra, embora a grande verdade seja que musicais não me agradam mesmo. Mas admito que "Chicago" e "Moulin Rouge" são sim filmes muito bons. E essa é a prova que gêneros que você não gosta podem acabar te fazendo morder a língua, porque filme bem feito é bom de qualquer jeito, independente do estilo. Mas esse, infelizmente, não foi o caso de "Mamma Mia!". Filme ruim, bobo e tosco num grau gigantesco e nem Meryl Streep cantando conseguiu mudar minha opinião. Me desculpem os fãs do gênero e do filme em específico, mas esse é do tipo que é feito pra ir direto pro esquecimento, pro limbo e pras profundezas das obras sem jeito e sem futuro, fazendo companhia a todos os títulos da Xuxa lançados na última década e do Renato Aragão depois que colocaram um fim nos Trapalhões. O filme traz na realidade uma história muito fraca, previsível e contada (ou cantanda) da forma mais água com açúcar possível. Para diabéticos e pessoas que não se encantam com qualquer coisa, "Mamma Mia!" é, definitivamente, uma escolha mais do que equivocada. Por isso: fujam, fujam o máximo que puder.

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